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Criando riqueza para a glória de deus e o bem comum.

POR JOÃO MORDOMO
Faz três anos desde que realizamos a Consulta Global sobre o Papel da Criação de Riqueza para Transformação, e suas publicações subsequentes. Ao longo das próximas semanas, teremos uma série de artigos sobre criação de riqueza, refletindo sobre as onze afirmações do Manifesto sobre a Criação de Riqueza, que agora existe em 17 línguas. As primeiras duas afirmações do Manifesto sobre a Criação de Riqueza são focadas no fato de que a criação de riqueza é o transbordar da natureza de Deus, e as pessoas são criadas à imagem de Deus:

1. A criação de riqueza está enraizada em Deus, o Criador, que criou um mundo que floresce com abundância e diversidade
2. Somos criados à imagem de Deus, para criar com Ele e para Ele, produtos e serviços para o bem comum.

Essas afirmações residem na zona de convergência entre teologia e economia, e servem como fundamento bíblico-teológico para criação de riqueza. Deus é o criador (Gen 1:1 – 2:4; Ne 9:6; Sl 104; Col 1:16; Ap 4:11) e dono (Gen. 14:19; 1 Cr. 29:11-12; Sl. 24:1; 1 Cor. 10:26) do Universo, e é seu desejo, vontade e plano que o mundo e as pessoas que nele habitam floresçam em abundância e diversidade (Gen. 1:28; Sl. 72:1-7; Prov. 28:20; 2 Cor. 9:8; Ap. 7:9). 

Esse é o conceito do Antigo Testamento sobre shalom, no qual o teólogo Cornelius Plantinga descreve de uma forma muito bonita como A teia de Deus, humanos e toda a criação em justiça, cumprimento e deleite é o que os profetas Hebreus chamam de Shalom. Nós o chamamos de paz, mas significa muito mais do que somente paz de espírito ou o cessar fogo entre inimigos. Na Bíblia, Shalom significa florescimento universal, integridade e deleite – um estado das coisas no qual as necessidades naturais são satisfeitas e dons naturais são frutíferos, um estado que inspira alegria enquanto seu Criador e Salvador abre portas e recebe as criaturas nas quais ele se deleita. Shalom, em outras palavras, é a maneira como as coisas devem ser. Shalom é revelado e cumprido no Novo Testamento como a reconciliação de todas as coisas para Deus através de Jesus Cristo (Col. 1:19–20). 

A Humanidade, portanto, experimenta o cumprimento do shalom: espiritualmente, psicologicamente, emocionalmente, socialmente e fisicamente. É aqui que a segunda afirmação entra: o povo de Deus, criado à Sua imagem (Gen. 1:26-27) e chamado
para a Sua glória (Is. 43:6-7; Ef. 1:11-12) para servir o bem comum (Mt. 5:16; Ti. 1:27), pode assim o fazer inovando e criando novos produtos e serviços. É a teia de Deus e humanos para trazer florescimento, prosperidade e deleite, e acontece através da criação de riqueza. Paulo parece pensar sobre essa “teia” de Deus e pessoas para a glória e bem comum quando ele escreve sobre Jesus Cristo, que “se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras” (Tito 2:14). 

Quando fazemos o bem, todos ganham: nós florescemos e ajudamos outros a florescer. Esse componente de “fazer o que é bom” do shalom inclui um foco nas questões materiais e físicas da prosperidade e florescimento humanos e reconhece que quando fazemos o bem, todos ganham: nós florescemos e ajudamos os outros a florescer (Jer. 29:4-7) e Deus recebe a glória. 

Quando buscamos a glória de Deus e o bem comum – especialmente quando inovamos e criamos porque é parte da nossa natureza como filhos de Deus e não ousamos fazer o contrário – nós construímos sociedades boas e nações discípulas (Mt. 28:19-20). Meus amigos da LivFul são maravilhosos exemplos de pessoas – e de uma empresa – que são dirigidos pela visão de Deus como Criador Soberano que deseja que sua criação floresça, e que por essa razão criou e chamou 

Seu povo como agentes de criação de riqueza através da inovação para transformação e prosperidade. A LivFul é motivada pelo entendimento da dinâmica entre Deus, Sua glória, Seu povo e o bem comum encontrado em Isaías 61. É por isso que ela está profundamente investida em produzir e fornecer o melhor repelente de insetos do mundo. Milhões de pessoas morrem todo ano de doenças transmitidas por insetos. Mais milhões vivem na miséria e sofrimento por causa de doenças transmitidas por insetos que poderiam ser evitáveis.

LivFul aborda esse problema de frente através de um produto retirado da natureza que salva e melhora vidas, e contribui para que pessoas, famílias e comunidades se tornem mais saudáveis de diferentes formas, inclusive diminuindo a ociosidade, através da redução do custo da saúde para empresas e empregados, e gerando empregos direta e indiretamente. Em outras palavras, a LivFul contribui não só na prevenção, mas na criação de empregos e riqueza, através da criatividade e inovação. 

Isso é o que boas empresas são capazes de fazer: transformação econômica, social e do meio ambiente. Se não estamos oferecendo para nossos vizinhos o bem comum final – o conhecimento e o amor de Deus – não estamos levando a ideia de bem comum de maneira séria. E… e… transformação espiritual. O modelo de negócios da LivFul deliberadamente fornece plataformas diretas e indiretas para a proclamação completa do Evangelho, o que leva à transformação em muitos países ao redor do mundo. Eles compreenderam o fato de que, como Andy Crouch diz “se não estamos oferecendo para os nosso vizinhos o bem comum final — o conhecimento e o amor de Deus — nós não estamos levando a ideia de bem comum de maneira séria.

Quando o povo de Deus vive sua identidade como inovadores de produtos e serviços – seja nas atividades do dia a dia, através de suas profissões, ou como no caso da LivFul e muitas outras empresas como ela, através de seus negócios – ele cumpre e afirma a bondade dos negócios e o chamado bíblico para criar e compartilhar riqueza para o bem comum (Dt. 8:18; Lc. 3:10-11) e a glória de Deus. Eu espero que você possa tirar um tempo para ler o Manifesto sobre a Criação de Riqueza e os relatórios que foram tão bem redigidos, porque “nós cremos que criar riqueza real é o que Deus deseja de nós: riqueza que abençoa famílias, comunidades e países. Essa bênção inclui compartilhar a fé e o amor, gerar empregos que são relevantes e refletem a criatividade do nosso Deus”.

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[1] Not the Way It’s Supposed to Be: A Breviary of Sin, Grand Rapids: Eerdmans (1995), p. 10.
[2] https://www.christianitytoday.com/ct/2012/november/whats-so-great-about-common-good.html

[3] https://www.bamglobal.org/wp-content/uploads/2017/11/Wealth-Creation-Creators-
November-2017.pdf, p. 9.

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